terça-feira, 23 de novembro de 2010

Instrumento de trabalho: A voz

O repórter de televisão precisa estar preocupado com sua desenvoltura, sua performance e a utilização de sua voz. As imagens das reportagens de TV são conhecidas por terem linguagem própria, direta. Mas os profissionais da área sabem que precisam de complemento, de interpretação. A pessoa escolhida para desempenhar essa função é o repórter. Para isso, é de extrema importância que ele tenha cuidados específicos e saiba usar da melhor maneira possível sua voz, para que a compreensão e disposição das informações transmitidas sejam feitas de forma clara o suficiente para que aliadas ao texto, não haja interpretação ambígua.

Além de se preocupar com o que vai ser dito, o texto, ele precisa estar atento a como vai ser dito. A voz do repórter televisivo precisa ser clara e pronunciada como boa dicção.

Quase em sua totalidade, as vozes podem ser melhoradas com treinamento, mas mesmo assim, existem aquelas que não são naturalmente adequadas para a locução, seja em TV ou em rádio.

É preciso que a dicção seja feita com pronúncia de todas as palavras e letras que compõe a frase de forma agradável e natural, com ritmo, altura e ressonância adequadas da voz para o tema que é narrado.

O ideal é que a locução seja feita de forma que soe natural para o ouvinte, com palavras e expressões que sejam compreendidas pelo público-alvo do telejornal. Precisa-se, portanto, garantir que as palavras sejam pronunciadas com inflecção, pois, algumas vozes logo se tornam monótonas ou excessivamente aceleradas.

A clareza com que o repórter transmite o fato merece atenção especial para que haja compreensão durante a recepção, evitando assim, dúvidas.

O texto em televisão, para garantir a emissão eficiente precisa ser interpretado, não sendo suficiente apenas lê-lo. Sentir o momento da execução da matéria e vivenciar o fato transmitido é outro segredo que deve ser considerado. A interpretação de um texto deve estar recheada de segurança, autoconfiança e determinação para que possa se atingir a credibilidade desejada.

A leitura e fala devem ter ritmo, devem ser exatas. “A leitura deve ter um ritmo pulsante. Um ritmo lento leva à monotonia e o telespectador pode ficar desinteressado. Já um ritmo muito rápido poderá prejudicar o entendimento” (NETO, 2008, p. 57).

Como instrumento de trabalho, a voz precisa ser utilizada de maneira eficaz. Ela não pode ser forçada, deve ser natural, mas é necessário emiti-la numa intensidade média e precisa estar bem colocada. O excesso de volume pode demonstrar vitalidade e energia, mas também pode indicar postura incorreta; quando é emitida com intensidade reduzida pode sugerir medo, insegurança ou timidez. A pronúncia da fala é outro fator determinante para a compreensão do fato. Palavras difíceis, nome estrangeiros ou incomuns, devem ser lidos com antecedência para evitar gafes ou até mesmo para que não haja emissão incorreta da palavra e assim, causar algum prejuízo, seja a quem for.

Com clareza, o texto surte seu efeito de forma eficaz. Ela é o melhor modo de se evitar compreensões dúbias.

Mais especificamente na passagem, manter um padrão de voz, tanto no ritmo, quanto na intensidade ajudam a boa compreensão. Uma boa voz também depende da postura do corpo e de um controle apropriado de respiração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário