terça-feira, 31 de agosto de 2010

'A TV está muito repetitiva'

São Paulo - Dos 60 anos que a televisão brasileira há de completar em 18 de setembro, ele conta 58 dedicados ao tubo - os últimos sete como acionista da Rede Vanguarda, afiliada da Globo no Vale do Paraíba, com estúdios e torres de transmissão em Taubaté e São José dos Campos. alcance: 48 municípios. O cartão de visitas de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, no entando, ainda é aquele que faz de Boni um dos principais pilares, senão o principal, na construção do tal padrão Globo de qualidade.

Em entrevista concedida no estúdo da "TV Estadão", Boni contou que tem vontade de fazer um canal de jornalismo em São Paulo. Sabe que a Globo não voltará a registrar os 60 pontos de audiência que marcada no seu tempo, mas permite-se analisar itens a serem ajustados na programação atual. "não entendo essa mania de programas de comédia de situação, todos iguais para dar 16, 17% de audiência", diz. Eis um resumo da prosa.

Agência Estado - A TV no Brasil chega aos 60 anos e a Vanguarda completa sete anos nas suas mãos. É possível se divertir, sendo dono?
Boni - Muito, porque na Vanguarda a gente faz o que quer. não só na parte tecnológica. O próprio jornalismo nosso não está preso aos padrões que nós mesmos criamos há muitos anos. É uma certa liberdade de regras que foram estabelecidas por mim mesmo, né?

- Pois é. O Tiago Leifert, tão celebrado como âncora do Central da Copa, por romper com teleprompter, veio da Vanguarda, não?
- Começou totalmente na Vanguarda. Neste período de sete anos da TV Vanguarda, nós entregamos à Rede Globo sete profissionais. a função da regional é experimentaqr. A responsabilidade de colocar noa r e não dar certo é menor, então, é um bom laboratório.

- Você encabeçou a formação da TV em rede no Brasil e está descobrindo o valor da transmissão regional. Como é esse processo?
- É emocionante. fui a Caraguatatuba, visitar a prefeitura, as escolas, e fui recebido com banda de música. Falo com 40 milhões de pessoas, daqui a pouco estou falando com 15: me deu um negócio que não consegui falar, fiquei nerviso. Eu estava tão próximo das pessoas que não sabia se fazia um pronunciamento, um discurso ou se batia um papo e pegava na mão delas.

- Você cobiça mais espaço, expandir suas retransmissoras?
- A Globo tem uma política de determinar áreas de cobertura, nós estamos dentro da área de cobertura determinada para a Vanguarda. Mas ainda pretendo fazer alguma coisa na televisão aém da TV regional, estou com muita vontade.

- O quê?
- Ah, começar outra rede.Tenho muita paixão pelo jornalismo. eu imaginava que talvez a gente pudesse fazer, fora da TV Globo, uma rede de jornalismo em São Paulo. Numa cidade com 18 a 20 milhões de habitantes, acho que cabe uma estação local muito forte, com grande cobertura de jornalismo, uma estação não tipo Globo News, mas presente na rua. O pessoal da Miz tem vontade de fazer, a própria Abril sonha em ter uma coisa assim. tem que pensar quanto custa e se o mercado é capaz de tornar esse peojeto viável. Por enquanto, é só sonho.

- A Globo tem sofrido uma evasão de audiência, pulverizada entre outras mídias e emissoras. Isso é irreversível ou a Globo um dia pode voltar a dar 60 pontos?
- Não, 60 pontos é difícil, esse processo é irreversível, mas tanto confio na TV globo que sou afiliado da globo. Se estamos investindo na Vanguarda, sem visar ao lucro, é porque acreditamos nesse processo. Ela (globo) cresceu muito em produção, a produção de hoje é significativamente melhor do que no passado, mas o conteúdo nosso foi melhor. Nós tivemos a oportunidade de usar gente de fora da televisão. Se você não trouxer uma contribuição intelectual de fora, a TV vai se repetindo, e hoje ela está muito repetitiva. Tem que vir da literatura, do cinema. Com a greve dos roteiristas nos Estados Unidos, eles tiveram de buscar gente nova. Hoje, acredito que a qualidade da Tv americana em séries seja superior à do cinema. Não adianta criar novos autores treinando com autores existentes, porque eles vão aprender a fazer aquelo que já está sendo feito.

- Essa fórmula de novela + jornal + novela é algo que nunca vai acabar?
- Não sei se a novela vai continuar, ou se vai continuar da maneira como é. Sei que o jornalismo vai continuar, a informação vai continuar. Não sei se a novela passará a ser um produto que você vai adquirir. Mas a grade da TV tem de mudar. A hora que mudar a TV, isso não vai funcionar mais. E quando falo mudar, não vai mudar amanhã cedo, talvez em 30 anos. A tecnologia é rápida e o conteúdo avolui lentamente.

- No que você mexeria?
- Eu reduziria o volume de produção, traria contribuição de fora e procuraria desenvolver outros formatos brasileiros, não ficando preso a formatos americanos. eu tinha um desafio lá de fazer uma coisa nova por ano. Renovar a programação não é trocar de cenário no jornal, nem botar lá uma alavancazinha para Jô Soares subir de um andar para outro que não chega a lugar nenhum, é ver conteúdo. eu admito que, às vezes, quando você fracassa, está dando um passo para a frente. É preciso fazer isso, não só a Globo, como todo mundo. Não consigo entender, agora, essa mania da globo de programas de comédia, todos comédias de situação, todos iguais. Temos poucos autores na TV, ainda mais em humor, uma coisa muito difícil de se fazer. Depois vai olhar a audiência, dá 16, 17%.

- Qual é o futuro da TV?
- O futuro da televisão é o video on demand, é ver o que quiser, onde quiser, quando quiser ver. a TV tem de estar preparada para a isso, com gerenciadores de programação, onde você pode misturar essas coisas todas, internet, televisão, iPhone, e pode usar a televisão na hora que você quiser ou para assistir a eventos. Onde é que vai se fortalever a televisão aberta? em cima de eventos que sejam transmitidos ao vivo. shows, futebol, todas essas coisas.

- Uma frase que rege sua vida?
- Semrpe olhar para a frente, nunca olhar para trás.

* Entrevista concedida a Agência Estado.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A primeira pessoa

Os repórteres de telejornalismo estão procurando, cada vez mais, encontrar uma forma de narrar os fatos de uma maneira mais original e que cause maior aproximação com os telespectadores. Alguns profissionais encontram nessa busca a alternativa de usar artes em suas matérias, fazem uma narrativa diferenciada ou usam de imagens que chamam mais a atenção. Outros porém fazem uso da primeira pessoa.

O "eu fui", "eu entrevistei" e outros, nunca foram tão utilizados como os dias de hoje. Uma aproximação da linguagem de rádio que está se importando para o telejornalismo (anos mais tarde). O "nós conversamos", "nós fomos" dos off`s estão perdendo o espaço.

Tudo isso tem feito parte de uma nova linguagem testada no telejornalismo brasileiro. Os telejornais de "horário nobre", por mais que se adequassem e que se esforçassem não conseguiam conquistar a simpatia do nordestino, do sul matogrossense e do paulista ao mesmo tempo. Portanto, deixar claro ao telespectador que o próprio jornalista que narra o fato, vivenciou a informação, dá a ele mais gabarito de narrá-la de forma clara, simples, eficiente e real.

A estratágia do "eu", se utilizada por algum personagem (repórter) de autoridade e credibilidade, pode favorecer muito a melhor aceitação da matéria por parte dos telespectadores. Afinal, credibilidade pode não ser tudo, mas é um grande passo para o sucesso.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

STJ julga na semana que vem suposta fraude na compra da Globo

Quanto mais dinheiro, mais competitividade. Globo e Record estão travando a cada dia que passa uma batalha mais ferrenha pelo controle majoritário dos televisores brasileiros. O telejornalismo é uma das armas mais poderosas que essas duas gigantes possuem para atingir seus objetivos.

Confira abaixo, uma reportagem retirada do site R7 (Rede Record), nesta sexta-feira (20).

-- "A terça–feira da semana que vem, dia 24, será decisiva para os rumos da Rede Globo. Nesse dia será julgada pelo Superior Tribunal de Justiça a compra da emissora em novembro de 1964 por Roberto Marinho.

A ação foi proposta pelos antigos herdeiros dos acionistas da empresa que hoje atende por Rede Globo, a Rádio Televisão Paulista S/A, que eram controladores de 52% do capital social inicial da empresa (espólios dos já falecidos Manoel Vicente da Costa, Hernani Junqueira Ortiz Monteiro, Oswaldo J. O. Monteiro, Manoel Bento da Costa e outros).

No processo, os advogados de Roberto Marinho alegaram que ele comprou, em novembro de 1964, ações que pertenciam a Victor Costa Junior, sendo que este jamais fora acionista da emissora, mas sim herdeiro do então diretor-presidente, Victor Costa.

Os herdeiros de Roberto Marinho alegam terem perdido as procurações originais e os recibos da compra. Analisados pelo Instituto Del Picchia de Documentoscopia, os documentos apresentados pelos herdeiros de Roberto Marinho foram apontados como provas “anacrônicas, falsificadas, montadas”.

Houve duas assembléias Gerais para tentativa de legalização da transferência do controle majoritário da emissora realizadas por Roberto Marinho. A primeira foi em 10 de fevereiro de 1965 e a segunda, em 30 de junho de 1976. Ambas são rechaçadas pelos herdeiros dos antigos acionistas, pois apontam que o negócio com Victor Costa Junior não teria validade. Na Assembléia de 1965 apenas um acionista esteve presente. Ele disse ser representante de dois acionistas majoritários anteriores, mortos em junho de 1962 e dezembro de 1964." --

O texto acima reproduzido é apenas uma demonstração de interesse econômico. Deixo para vocês a pergunta: O que vocês assistem diariamente nos telejornais, é o fato puro ou um conto de interesses?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempo de vida do humor

Até muito pouco tempo a onipotência da Rede Globo era visível, especialmente no que diz respeito a produção de conteúdo, sejam os de extrema originalidade ou aqueles que apenas se aprimoram. O fato é que com o crescimento constante, principalmente, da Rede Record (além de SBT e Rede TV!) as emissoras se vira obrigadas a estrear um número maior de programas, quadros e personagens para tentar se manter sempre em busca do novo (ou seja, da liderança de audiência).

Sai de Baixo, Casseta & Planeta, Zorra Total e a Turma do Didi (reformulação dos Trapalhões) são um exemplo de raridade neste cenário. Estão no ar por muitos anos (o Sai de Baixo ficou no ar por vários anos para apenas depois ser extinto) e mantém uma média de audiência, sendo o Ibope, que fazem com que sejam viáveis. Os 30 segundos de propaganda durante o Casseta & Planeta na década de 90, era um dos mais caros da grade da emissora, superando o Jornal Nacional e novela das 20h. Mas, o mel também foi perdendo o sabor.

Programas humorísticos no cenário brasileiro tem uma curta vida útil. Parece que são postos no ar apenas para dar um gostinho de “quero mais” aos telespectadores. Uma forma de, logo depois de tirados do ar, lançar um filme sobre o programa? Ou melhor, de lanças DVD`s e coletâneas sobre os humorísticos? Bem, o fato é que quando um programa humorístico cai no gosto dos brasileiros, as emissoras por motivos de “força maior” simplesmente deixam os telespectadores a ver navios, ou melhor, sem ver os “navios”.

Deve haver alguma explicação mais clara e objetiva para três pontos: 1) Os humoristas de maior sucesso não param em um só programa, nem em uma só emissora (dinheiro, fama, respeito?). 2) Há um sobe e desce de audiência grande de um mesmo programa, de uma edição para a seguinte que força constantes alterações de formatos. 3) Ainda não foi encontrado o perfil do humor brasileiro. Comédia em pé (Stand Up)? Auditório? Piadas?

Mas um fato é certo, seja de simples piadinhas entre Sandra Anennberg e Evaristo Costa na bancada do Jornal Hoje, ou com Ana Paula Padrão e Celso Freitas no Jornal da Record, ou até mesmo com os quadros divertidos (pra quem acha) de Rodrigo Faro, no Melhor do Brasil, o humor tem uma dose de responsabilidade na credibilidade dos programas e na conquista dos telespectadores. Afinal, rir é o remédio.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vetada a transmissão


Muitas vezes os jornalistas se questionam sobre parcialidade. Se questionam sobre até que ponto a linha editorial de sua empresa interefere no resultado de seu trabalho. Em telejornalismo este cenário nao é diferente. É de conhecimento de todos, inclusive os populares de que há interferência das opiniões das emissoras, de seus interesses, nas matérias, entrevistas e programas.

Citaria dois exemplos claros de que isso acontece e influencia diretamente naquilo que chamamos de liberdade de imprensa e acima de tudo, de acesso à informação.

1) Houve uma clara e assumida edição do debate entre Lula e Collor, exibida pelo Jornal Nacional. A edição foi manipulada em benefício de Collor e decisiva no processo eleitoral de 1989.

2) Uma novidade para os leitores. Estamos voltando as transmissões de futebol pelo rádio em 1958. A Rede Globo de Televisão, comprou os direitos de transmissão da estreia do técnico Mano Menezes, hoje (10), e da seleção dos sonhos dos brasileiros, mas, não vai transmitir. O motivo? Acompanhe:

A TV Globo é detentora dos direitos do jogo e resolveu manter a sua programação. Houve, sem dúvida, constrangimento dentro da própria emissora, como conta Cosme Rímoli em seu blog: "No SP TV, o âncora Chico Pinheiro perguntou ao âncora Thiago Leifert que a 'Globo vai mostrar o jogo'. Sem graça, Thiago respondeu: "A Globo não mostra, Chico..."".

É visivel que a influência foi financeira. Os executivos da emissora não quiseram cancelar a novela alegando os contratos previamente fechados com as propagandas durante a mesma.

Ouvir o rádio é a solução.

Pela primeira vez na história, Galvão Bueno irá narrar o jogo pela web. O GloboEsporte.com vai transmitir.

Portanto, o interesse da população posto de lado, por "motivos de força maior".

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Primeiro round

Não poderia perder a oportunidade de fazer um post, analisando, ou pelo menos tentando comentar, sobre o primeiro debate entre os presidenciáveis, realizado na noite da última quinta-feira (6), pela Rede Bandeirantes.

Fazendo uma breve análise do contexto, depois passando para o individual e por fim falando semioticamente. Bem, vamos lá.

Contexto: Um debate de pouco conteúdo. As perguntas (exceto aquelas feitas pelos jornalistas), ficaram basicamente fechadas entre saúde, violência e educação. Não tirando a importância destes fatos, isso mostra ou dá a entender que os candidatos ainda estão se aquecendo para chegar a níveis mais avançados de debate. Ou pelo menos tentar, visto que é isso que esperamos e não uma conversinha de meia dúzia de palavras em vão jogadas fora. E, como bem disse o candidato do PSOL, Plínio Arruda, sem nenhum tipo de fatos e propostas concretas.

Individual (Pela ordem da bancada e de apresentação):

José Serra: Ele até tentou com alguns sorrisos, mas não conseguiu deixar de ser engessado. Seus argumentos são basicamente centrados na saúde e no ensino profissionalizante. Serra, a todo custo, procurou ocultar o mau desempenho de FHC, alegando que os erros do passado precisam ficar no passado, e é necessário olhar para frente.

Marina Silva: É a rainha do meio ambiente. Se põe como a pobre coitada que viveu na miséria para tentar, assim, se aproximar dos pobres, mas também tenta mostrar que compreende os ricos. Quem fica dos dois lados, não está de lado nenhum. Ela saiu do PT por discordâncias mas até hoje, não se colocou contra ele. Discorda mais não ataca.

Dilma Roussef: Tem a "máquina" nas mãos. Usa de dados do bom desempenho e do alto índice de aceitação de Lula para angariar adeptos e votos. Apropria-se das vitórias do atual presidente para ganhar simpatia, dos pobres (maiores eleitores de Lula) e dos ricos (tradicionalmente apoiadores do PMDB e PSDB). Não tem retrospecto eletivo. Nunca foi eleita pelos votos populares.

Plínio Arruda: O animador de torcida. Talvez tenha sido o candidato que tenha tentado aguçar os ânimos para um debate como o povo gosta: estilo Lula e FHC. Para ele, a Dilma é a Mãe dos Pobres, o Serra é o Hipocondríaco e a Marina é a Eco-Capitalista. E ele? O que é?

Análise semiótica: Alguns pontos podem ser ressaltados:

- Marina Silva sempre se manteve com os olhos diretos para a câmera, com rápidas esvaídas para seus oponentes. Dava, enquanto falava, vários "saltinhos" (elevando o calcanhar - percebia-se com a mudança de sua altura) no momento das respirações, grande parte deles combinados com o dedo indicador apontado para o alto (agressividade na fala), amenizada pela sua voz, em tom mais calmo e tímbre mais doce.

- Plínio Arruda teve um bom desempenho no que se refere a corpo e voz. Apresentou uma oratória perfeita (típica de professor, como ele o é), com frases muito beme struturadas, olhando fitadamente para a câmera, falando ao telespectador.

- Dilma Roussef tenta se aproximar dos pobres, mas não consegue. Sua roupa estilo madame européia a afasta dos pobres, dificultando ainda mais o título de mãe e mulher humana. sua afeição, mesmo com o novo corte da cabelo, sem os óculos e com algumas plásticas ainda são insuficientes para atrair bons olhares. Em diversos momentos, seu sorriso amarelo foi a saída para tentar cobrir a falta de dados e o nervosismo por não encontrar as palavras certas e despistar a confusão feita com seus papéis em sua bancada.

- José Serra, o mais experiente em debates fez o que pode. Durante vários momentos sorria para as câmeras, falava ao telespectador e apresentava dados. Mas, ainda sim, com essas tentativas, sua imagem elitista e ranzinza é forte.

* Um detalhe importante. A Bandeirantes fez duas coisas, propositais ou não que merecem destaque.

1) Colocou um painel de led (luzes coloridas) atrás dos participantes. Marina, Plínio e Serra, em imagem fechada apareciam apenas com luzes verdes atras. Já Dilma era "contemplada" com uma mistura de luzes verdes e amarelas. Proposital ou não a associa com a bandeira nacional.

2) O apresentador, Boechat, tentou, mas como estilo de jornalismo opinativo da Band, não se conteve. Após perguntas, piadinhas e respostas, o mediador sorria de canto de boca. Uma gafe para os olhos mais atentos. Outro ponto é que mal ele acabava de fazer uma pergunta abaixava sua "careca", um desdém tamanho ao telespectador.

Por fim, um debate morno, sem ataques diretos dos principais candidatos. Será que vai melhorar?

Segue o link para quem quiser ver: http://www.band.com.br/jornalismo/eleicoes2010/

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Estrutura sem fórmula

Segundo Vera Íris Paternostro, "ao ritmo da melodia, se dança. Ao tirmo do texto, o telespectador capta a mensagem, apreende a informação. O tirmo favorece a concentração de queme stá assistindo à TV. Não deve ser contundente ou agressivo; mas também não deve ser monótono ou lento" (PATERNOSTRO, 2006, p.81).

Inicio este post citando a colocação da especialista, para levar a todos a uma reflexão simples e objetiva.

Muitos estudantes de jornalismo e até mesmo profissionais recem formados, ao se deparar com a realidade do dia a dia de uma emissora de TV, fica com a dúvida de qual a fórmula ideal de uma matéria.

A resposta para esa dúvida é muito simples: não há.

Muitos especialistas, dentre eles Ivor York, ressaltam que o melhor caminho para se chegar a matéria ideal - ou próximo disso - é usar do bom senso e se colocar como um simples e idoneo espectador.

Não há uma relação de dependência entre off`s, passagem, artes e bg. Para que uma matéria seja clara e explicativa o suficiente é necessário que os fatos sejam apresentados de forma coesa, afim de complementarem-se. Não devendo, portanto, competir entre sí, deixando o telespectador confuso e perdido no que se refere a compreensão do fato.

É claro e obvio (para os profissionais) e de fácil percepção (para os telespectadores), que, alguns detalhes, se usados, podem ser em sua maioria sinônimo de clareza e sucesso.

As passagens devem ser usadas para supir a falta de imagem, para fazer o movimento de mudança de ambiente, ou ainda para voltar a um ponto da matéria que precise de reforço.

Os off`s, por sua vez, sempre são muito bem casados com as sonoras, pois tem a função de complementação de conteúdo, além do reforço de autoridade na informação passada.

É importante considerar que cabe ao repórter e está sobre sua responsabilidade optar pela estrutura da matéria e como ela será montada. Obviamente, durante a edição, o editor de texto e o editor-chefe, podem discordar o que está sendo dito pelo repórter, mas em factuais não há chance de voltar e regravar os off’s, sonoras e passagens. Portanto, é indispensável a atenção durante o trabalho. O repórter de telejornalismo além de dono da matéria, é responsável, junto com o repórter cinematográfico, pela compreensão por parte dos receptores. Se o telespectador compreender o fato, tiver a sensação de que não precisou estar presente para entender a matéria, o repórter desempenhou seu trabalho com eficiência.