quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Tempo de vida do humor

Até muito pouco tempo a onipotência da Rede Globo era visível, especialmente no que diz respeito a produção de conteúdo, sejam os de extrema originalidade ou aqueles que apenas se aprimoram. O fato é que com o crescimento constante, principalmente, da Rede Record (além de SBT e Rede TV!) as emissoras se vira obrigadas a estrear um número maior de programas, quadros e personagens para tentar se manter sempre em busca do novo (ou seja, da liderança de audiência).

Sai de Baixo, Casseta & Planeta, Zorra Total e a Turma do Didi (reformulação dos Trapalhões) são um exemplo de raridade neste cenário. Estão no ar por muitos anos (o Sai de Baixo ficou no ar por vários anos para apenas depois ser extinto) e mantém uma média de audiência, sendo o Ibope, que fazem com que sejam viáveis. Os 30 segundos de propaganda durante o Casseta & Planeta na década de 90, era um dos mais caros da grade da emissora, superando o Jornal Nacional e novela das 20h. Mas, o mel também foi perdendo o sabor.

Programas humorísticos no cenário brasileiro tem uma curta vida útil. Parece que são postos no ar apenas para dar um gostinho de “quero mais” aos telespectadores. Uma forma de, logo depois de tirados do ar, lançar um filme sobre o programa? Ou melhor, de lanças DVD`s e coletâneas sobre os humorísticos? Bem, o fato é que quando um programa humorístico cai no gosto dos brasileiros, as emissoras por motivos de “força maior” simplesmente deixam os telespectadores a ver navios, ou melhor, sem ver os “navios”.

Deve haver alguma explicação mais clara e objetiva para três pontos: 1) Os humoristas de maior sucesso não param em um só programa, nem em uma só emissora (dinheiro, fama, respeito?). 2) Há um sobe e desce de audiência grande de um mesmo programa, de uma edição para a seguinte que força constantes alterações de formatos. 3) Ainda não foi encontrado o perfil do humor brasileiro. Comédia em pé (Stand Up)? Auditório? Piadas?

Mas um fato é certo, seja de simples piadinhas entre Sandra Anennberg e Evaristo Costa na bancada do Jornal Hoje, ou com Ana Paula Padrão e Celso Freitas no Jornal da Record, ou até mesmo com os quadros divertidos (pra quem acha) de Rodrigo Faro, no Melhor do Brasil, o humor tem uma dose de responsabilidade na credibilidade dos programas e na conquista dos telespectadores. Afinal, rir é o remédio.

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