quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A primeira pessoa

Os repórteres de telejornalismo estão procurando, cada vez mais, encontrar uma forma de narrar os fatos de uma maneira mais original e que cause maior aproximação com os telespectadores. Alguns profissionais encontram nessa busca a alternativa de usar artes em suas matérias, fazem uma narrativa diferenciada ou usam de imagens que chamam mais a atenção. Outros porém fazem uso da primeira pessoa.

O "eu fui", "eu entrevistei" e outros, nunca foram tão utilizados como os dias de hoje. Uma aproximação da linguagem de rádio que está se importando para o telejornalismo (anos mais tarde). O "nós conversamos", "nós fomos" dos off`s estão perdendo o espaço.

Tudo isso tem feito parte de uma nova linguagem testada no telejornalismo brasileiro. Os telejornais de "horário nobre", por mais que se adequassem e que se esforçassem não conseguiam conquistar a simpatia do nordestino, do sul matogrossense e do paulista ao mesmo tempo. Portanto, deixar claro ao telespectador que o próprio jornalista que narra o fato, vivenciou a informação, dá a ele mais gabarito de narrá-la de forma clara, simples, eficiente e real.

A estratágia do "eu", se utilizada por algum personagem (repórter) de autoridade e credibilidade, pode favorecer muito a melhor aceitação da matéria por parte dos telespectadores. Afinal, credibilidade pode não ser tudo, mas é um grande passo para o sucesso.

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