segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Simulacro: signo em si mesmo

Os modelos de profissionais desencadeiam cópias, sejam elas grosseiras ou não, e podem dar origem a outras formas de se fazer um mesmo trabalho e até mesmo o modelo que foi espelhado pode sofrer certa melhora, alguma ramificação pode surgir, seja ela positiva ou não. A simulação de que se está desempenhado sua função de forma original, quando não a está, origina um grande problema, a noção do verdadeiro e do falso, ou seja, ter certeza da realidade ou veracidade da originalidade daquilo que estamos assistindo. Essa percepção que nós temos sempre está sujeita a ser enganosa, ainda que esse engano seja superficial ou de um detalhe apenas.

A representação de determinado papel estará sempre levando ao telespectador a dúvida de qual produto, profissional ou performance ele está assistindo, se a dá original ou a da cópia. A Teoria do Simulacro de Jean Baudrillard (SIQUEIRA, 2007) considerava que livre do real, você pode fazer algo mais real que o real: o hiper-real. O que na prática do telejornalismo e nas performances de seus profissionais seria utilizar da postura de um telejornalista de forma mais original possível. Mesmo que ela tenha sido embasada de algum modelo, se não foi copiada, ela possui suas características próprias, ela consegue desempenhas papel único de agente de informação, de componente que acrescenta a informação, ou seja, não busca se lançar para além das aparências a fim de atingir sua essência. A naturalidade do meio de comunicação, no caso a televisão, deve ser respeitada, utilizada a favor da compreensão do fato por parte dos telespectadores.

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